Daniel Jorge
A poesia faz a gente ver a vida de forma diferente, mesmo enfrentando tudo e todos.
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E afinal, quem sou eu?
No contexto que vivemos atualmente, é cada vez mais difícil definir a verdadeira identidade humana. O motivo que leva a isso é a busca frenética das pessoas independentemente do sexo, cor, idade ou costumes culturais pelo conhecimento do mundo, esquecendo de forma grosseira a busca pelo conhecimento de se mesma e do seu semelhante.

Mas por que devo ocupar meu tempo nesta busca se tenho autocontrole da minha vida? O próprio questionamento pode dar uma ideia da gravidade desse assunto. Talvez seja essa compreensão que leve muita gente para a mesmice. Talvez esse pensamento esteja levando o ser humano ao patamar de senhor do universo.

É inegável que somos nós que fazemos a nossa própria história, mas, para que isso aconteça dentro de uma realidade em que a vida humana possua o seu verdadeiro significado é preciso investir no autoconhecimento e no conhecimento do outro. É preciso aceitar o fato de que antes de conhecer o mundo, é indispensável conhecer a se mesmo e o semelhante.

E para desbravar o grande território da existência humana, precisamos diariamente responder alguns questionamentos. Estas perguntas nos colocam em sintonia com o grau de conhecimento que desejamos alcançar.

a) Quem sou eu?
b) O que faço da vida?
c) Como é a minha vida?
d) Qual é o meu objetivo de vida?
e) Eu tenho uma vida de espiritualidade?
f) O que penso sobre isso?
g) Em que eu realmente acredito?

Você pode e deve ampliar esta relação de perguntas, conforme a sua necessidade. De posse de algumas respostas, é possível ter uma indicação da preciosidade que é a vida. Podemos compreender também, que somos eternos aprendizes, e que a principal fonte de conhecimento é a Palavra de Deus.

O ser humano é um mistério, criado a imagem e semelhança de Deus, por amor e para o amor. É a única criatura na terra que Deus criou para si mesmo. “E Deus criou o homem a sua imagem; à imagem de Deus ele o criou; e os criou homem e mulher”, (Gêneses 1,27). Em cada um de nós existe uma semente divina, uma semente de eternidade. É exatamente por isso, que valemos pelo que somos e não pelo que temos.

Cada ser humano em sua essência é livre, consciente, responsável, social, comunitário e se realiza servindo. Independente da situação que você se encontra, pode ser eu também, é necessário fazer um resgate dos valores humano e cristão. Não podemos esquecer que o próprio Jesus em sua divindade, nasceu em uma manjedoura. “Maria deu a luz ao seu filho primogênito. Ela o enfaixou e o colocou na manjedoura, pois não havia lugar para eles dentro da casa”, (Lc 2,7).

Este fato nos faz perceber, que dentro de uma realidade de dominação imposta pelos homens da época, nasce Jesus Cristo, e desde o primeiro momento da sua vida se identifica com os pobres. É interessante como este fato inquieta o nosso coração, tornando inevitável um questionamento. Por que Jesus foi colocado numa manjedoura? A resposta esta no próprio texto. “Não havia lugar para eles dentro da casa”. Que tipo de povo era esse do tempo de Jesus? É possível, que essas pessoas tivessem uma atenção especial com a lucratividade, com o bem estar dos hospedes que demonstram um poder aquisitivo maior ou mesmo intelectual.

Diante dessa realidade, Jesus procura compartilhar com aqueles que lhe escuta o verdadeiro desejo de Deus. Como filho amado, e obediente as orientações do Pai, Jesus, não abre mão da sua missão de amor para com os outros. Em seus ensinamentos ele nos diz: “Eu dou a vocês um mandamento novo: amem-se uns aos outros. Se vocês tiverem amor uns para com os outros, todos reconhecerão que vocês são meus discípulos”, (Jo 13, 34 - 35).

Com esse ensinamento, Jesus propõe que não podemos desprezar a nossa origem. É preciso conhecer a fundo o que vai fazer de você, de mim, de cada um de nós, um ser comprometido com o projeto de vida e de amor que Deus nos apresenta constantemente. Estamos acostumados a uma realidade, que nos impede de ver no outro a imagem e semelhança de Deus. Observamos no outro apenas uma função.

Na prática, costumamos identificar o outro, não pelo que ele é, mas, pelo que ele faz. Pela profissão, condição financeira ou mesmo intelectual. Desta forma, o relacionamento interpessoal transforma-se numa relação superficial de funções ou papeis. O outro é tratado como coisa. Esta não é uma atitude cristã, e menos ainda de autoconhecimento.

Somente na simplicidade, fundamentada no amor de Deus, é possível encontrar o verdadeiro caminho. Desta forma, é pode-se compreender que os significados da vida começam a ser revelados, quando nasce no coração o amor pelos outros.  
Daniel Jorge
Enviado por Daniel Jorge em 01/03/2013
Alterado em 14/02/2014
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