Daniel Jorge
A poesia faz a gente ver a vida de forma diferente, mesmo enfrentando tudo e todos.
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De quem é a culpa?
O processo eleitoral 2014 começa a criar forma e cores por todo o País. Nestes dias que antecedem a eleição, os indecisos se decidem, os decididos reafirmam seus suas escolhas e os revoltados simplesmente ignoram o atual momento. Muito se fala, pouco se escuta. Muito se promete, pouco se cumpri. Neste período, a ética, o comprometimento, o ódio da corrupção, define o palavreado dos que pleiteiam os cargos de presidente da republica, senador, deputado federal, governador e deputado estadual.

Mas, afinal, devo acreditar ou não no que eles prometem? Considerando os vários escândalos de corrupção verificados no Brasil, em sua grande maioria com envolvimento de políticos eleitos pelo povo, é necessário uma analise profunda dos nomes a nos representar. Isso vale de presidente a deputado. Às vezes, escuto dizer, que os currais eleitorais acabaram. Na prática, é possível observar, que eles apenas se modernizaram. E é exatamente ai, que mora o perigo. É exatamente ai, que você troca sua dignidade por favores e muitas vezes dinheiro, oferecidos pelos chamados “cabo eleitoral”.

É interessante observar na teoria, que se o “cabo eleitoral” cumprisse com o seu papel de servir a comunidade, ele exercia a atividade mais nobre do universo; ele seria uma liderança, capaz de esquecer as suas necessidades na busca do bem comum; ele cobraria dos eleitos com voto da comunidade, cada promessa, cada projeto, com um único proposito, fazer valer na prática o tesouro da escolha consciente. O resultado desse esforço contemplaria a todos, reacendendo no coração das pessoas a esperança de um novo tempo na política Nacional.

Infelizmente, os cabos eleitorais que temos notícias, pouco se preocupam com o bem comum. Negociam com os candidatos majoritários por alto preço o voto do povo sofrido, que necessita de saúde, educação, segurança, saneamento etc. E num ato criminoso, se aproveitam da necessidade desse povo, para roubarem, o que lhes é mais puro e sagrado, a possibilidade de uma escolha madura e consciente. Os reflexos dessas ações são visíveis, quando em suas necessidades, as pessoas procuram os serviços públicos básicos, e não são atendidas como deveriam. Muitas vezes, nem são atendidas.

De quem é a culpa? É do cabo eleitoral, é do político majoritário ou é sua? Certamente, a sua resposta é de que a culpa é do cabo eleitoral e do político majoritário. Mas, e você que recebeu aquele dinheiro para reformar a casa, comprar o carro, a moto; você que votou por um exame médico; você que votou por uma dentadura; você que votou simplesmente pelo fato de ser amigo ou conhecido do cabo eleitoral. Qual a sua culpa nessa história? Temos, e ai me incluo, a tendência de sempre apontar o outro como culpado, esquecendo que eu também faço parte do ciclo, e que minha participação é decisiva no processo de transformação social. Essa tendência nos impede de assumir a nossa responsabilidade, gerando uma serie de atos corruptíveis, capaz de levar a verdadeira política ao caos extremo. Pelo que se percebe, é o que temos atualmente.  
Daniel Jorge
Enviado por Daniel Jorge em 18/09/2014
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