Daniel Jorge
A poesia faz a gente ver a vida de forma diferente, mesmo enfrentando tudo e todos.
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Meu Diário
06/01/2017 16h25
Refletindo o OBJETO DA FELICIDADE com São Tomás de Aquino

Santo Tomás de Aquino, filho do Conde Landulfo e da Condessa Teodora, nasceu, provavelmente, no ano de 1225, no Castelo de Aquino ou no de Rocaseca, na Itália. Em 1230, confiaram seus pais a educação do menino, que contava 5 anos, aos cuidados e à solicitude de seu tio Sinibaldo, Abade de Monte Cassino. Foi ali que, ainda criança, fazia a seus mestres a pergunta em que resumiu a obsessão de toda a sua vida: Quem é Deus? Só para responder a esta tremenda interrogação, viveu, escreveu e ensinou.

A nota característica e distintiva de suas obras é à de parecerem escritas todas na mesma época de sua vida, em pleno vigor e maturidade de suas faculdades mentais, posto que jamais teve necessidade de melhorar o que escreveu e ensinou; donde resulta que não se sabe o que mais admirar, se a riqueza e transcendência das idéias, se a maestria insuperável do plano, ou a sobriedade e precisão da linguagem. Sem dúvida, Deus, tendo em conta a missão, única em seu gênero, a que o destinava, o acumulou de graças e dons de entendimento, com maior profusão que a nenhum outro gênio de quantos deram lustre à ciência cristã.

Em que consiste objetivamente a felicidade do homem?

Num bem superior a ele, e o único capaz de acumulá-lo de perfeições (II, 1-8).

Este bem pode consistir nas riquezas?

Não, Senhor; porque as riquezas são coisa inferior ao homem, e incapazes, por si mesmas, de aperfeiçoá-lo (II, 1).

São as honras?

Também não; porque as honras não dão perfeição, já a supõem, sob pena de serem postiças, e se são postiças nada são (II, 2).

E a glória e a nomeada?

Também não; já porque supõem méritos, já por serem, neste mundo, coisa mui frágil e

volúvel (II, 4).

Consiste no poder?

Não, Senhor; porque o poder não se dá para o bem próprio, senão para o dos outros e está à mercê do capricho e do espírito de insubordinação (II, 4).

Consiste na saúde e na beleza corporal?

Tão pouco; porque a saúde e a beleza são bens inconsistentes e passageiros e, além de tudo, só dão perfeição ao exterior e não ao interior do homem (II, 5).

Serão os prazeres dos sentidos?

Não, Senhor; porque são grosseiros demais, comparados com os gozos delicados da alma (II,6).

Logo, o objeto da felicidade consiste nalgum bem que traz perfeição diretamente ao espírito?

Sim, Senhor (II, 7).

Qual é este bem?

Deus, Sumo Bem, Soberano e Infinito (II, 8).

Publicado por Daniel Jorge
em 06/01/2017 às 16h25

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