Uma das maiores obrigações de um cristão é a de aspirar seriedade ao pleno desenvolvimento de sua vida sobrenatural iniciada no batismo, ou seja, aspirar à mais autentica e genuína santidade cristã.
O próprio Cristo exorta seus discípulos quando diz: “Sede, portanto, perfeitos como vosso Pai celeste é perfeito” (Mt 5,48). Ao propor a todos os seus discípulos, a perfeição de seu Pai celestial como modelo e exemplo que todos os cristãos devem imitar, não colocou limite e nem termo algum ao ideal de santidade para o qual devem tender com todas suas forças.
E Jesus Cristo ainda acrescenta: “com todo coração, com toda alma, com toda mente e com todas as forças” (Mc 12,30). Conclui-se aqui, que a vocação a santidade consta explicitamente no Evangelho. E a Igreja sempre manteve essa doutrina desde os tempos apostólicos.
Trechos do livro: “Ser ou não ser Santo... Eis a questão”. Autor: Padre Antonio Royo Marin. Páginas 23 e 24.
A Sagrada Escritura, os Santos Padres, os teólogos e os grandes místicos experimentais propuseram diversas formulas, embora todas coincidam substancialmente. As principais são as seguintes:
Todas as formulas são verdadeiras e expressam a mesma realidade, embora contempladas destes pontos de vistas diferentes.
Trechos do livro: “Ser ou não ser Santo... Eis a questão”. Autor: Padre Antonio Royo Marin. Páginas 21 e 22.
“Não há nada mais estúpido do que a convicção geral da nossa classe letrada de que não existe imparcialidade, de que todas as ideias são preconcebidas, de que tudo no mundo é subjetivismo e ideologia. Aqueles que proclamam essas coisas provam apenas sua total inexperiência da investigação, científica ou filosófica. Não dando valor à sua própria inteligência — porque jamais a testaram — apressam-se em prostituí-la à primeira crença que os impressione, e daí deduzem, com demencial soberba, que todo mundo faz o mesmo. Não sabem que uma aposta total no poder do conhecimento bloqueia, por antecipação, todas as apostas parciais em verdades preconcebidas. Se o que está em jogo para mim, no momento da investigação, não é a tese “x” ou “y ”, mas o valor da minha própria capacidade cognitiva, pouco se me dá que vença “x” ou vença “y ”: só o que importa é que eu mesmo, enquanto portador do espírito, saia vencedor. Nenhuma crença prévia, por mais sublime que seja o seu conteúdo, vale esse momento em que a inteligência se reconhece no inteligível. Quem não viveu isso não sabe como a felicidade humana é mais intensa, mais luminosa e mais duradoura que todas as alegrias animais”.
CITAÇÕES retiradas do Artigo – O poder de conhecer – O Globo, 4 de agosto de 2001, por Olavo de Carvalho – e que está no livro o Mínimo que você precisa saber para não ser um idiota.
“A importância da humildade no aprendizado já era enfatizada, na Idade Média, por Hugo de São Vítor, um dos maiores educadores de todos os tempos. Humildade significa, no fundo, apenas senso do real. O culto universal da juventude obscureceu essa verdade óbvia a ponto de que todo mundo já acha natural esperar que, aos 15 ou 18 anos, um sujeito tenha opiniões sobre todas as coisas e, miraculosamente, elas estejam mais certas que as de seus pais e avós. O resultado dessa crença generalizada é desastroso: todos os movimentos totalitários e genocidas dos últimos séculos — comunismo, nazismo, fascismo, radicalismo islâmico etc. — foram criações de jovens, e sua militância foi colhida maciçamente nas universidades”.
CITAÇÕES retiradas do Artigo – Jovens paranaenses – Folha de Londrina, 26 de abril de 2003, por Olavo de Carvalho – e que está no livro o Mínimo que você precisa saber para não ser um idiota.
Qual é a vida íntima de Deus?
A sua vida consiste em conhecer-se e amar-se (XIV - XXVI).
Deus sabe todas as coisas?
Sim, Senhor (XIV, 5).
Sabe tudo o que se passa no mundo?
Sim, Senhor (XIV, 11).
Conhece todos os segredos dos corações?
Sim, Senhor (XIV, 10).
Conhece o futuro?
Sim, Senhor (XIV, 13).
Em que vos fundais para atribuir a Deus tão profunda ciência?
Em que ocupando Deus o grau supremo do imaterial, possui inteligência infinita; é impossível, portanto, que ignore coisa alguma, presente, passada, futura e possível, visto que não há ser que pertença, quer à ordem entitativa quer à operativa, que não dependa da sua ciência, como o efeito da sua causa (XIV, 1-5).
Logo em Deus há também vontade?
Sim, porque a vontade é inseparável do entendimento (XIX, 1).
Logo, todos os seres dependem da vontade divina?
Sim, Senhor; visto que a vontade de Deus é causa primeira e suprema de todas as coisas
(XIX, 4-6).
Ama Deus a todas as criaturas?
Sim porque as criaturas são obra do seu amor (XX, 2).
Produz o amor de Deus algum efeito nas criaturas?
Sim, Senhor.
Que efeito produz?
O de dar-lhes todo o bem que possuem (XX, 3, 4).
Deus é justo?
É a mesma justiça (XXI, 1).
Por que dizeis que Deus é a mesma Justiça?
Porque dá a todos o que exige a natureza de cada um (XXI, 1-2).
A Justiça divina reveste alguma modalidade especial a respeito dos homens?
Sim, Senhor.
Em que consiste?
Em que Deus premia os bons e castiga os culpados (XXI, 1 ad 3).
Recebem os homens neste mundo o merecido prêmio ou castigo?
Em parte, sim, mas nunca por inteiro.
Onde recompensa Deus por inteiro os justos e castiga os pecadores?
No céu os primeiros e os segundos no inferno.
Há em Deus misericórdia?
Sim, Senhor (XXI, 3).
Em que consiste a misericórdia divina?
Consiste em que Deus dá a cada coisa mais do que exige a sua natureza e também em que dá aos justos mais do que lhes é devido, e castiga os pecadores com pena inferior à que merecem as suas culpas (XXI, 4).
Governa Deus este mundo?
Sim, Senhor.
Como se chama o governo de Deus no mundo?
Chama-se Providência (XXI, 1).
A Providência Divina estende-se a todas as coisas?
Sim, porque não há nada no mundo que Deus não tenha previsto e predeterminado desde toda a Eternidade (XXII, 2).
Estende-se aos seres inanimados?
Sim, porque fazem parte da obra de Deus (XXII, 2 ad 4).
Atinge também os atos livres do homem?
Sim, Senhor (XXII, 2, ad 4).
Explicai como.
Os atos livres, de tal maneira estão sujeitos às disposições da Providência Divina, que coisa nenhuma pode o homem fazer, se Deus a não ordena ou a permite, pois a liberdade não lhe confere independência a respeito de Deus (Ibid).
Tem nome especial a Providência Divina em relação aos justos?
Chama-se Predestinação.
Que quer dizer predestinado?
O homem que há de gozar no Céu a bem-aventurança da glória (XXIII, 2).
Que nome recebem os que não hão de gozar da bem-aventurança?
O de réprobos ou não eleitos (XXIII, 3).
Por que uns hão de ser felizes e os outros não?
Porque os predestinados foram eleitos do Senhor, ou amados com amor de preferência, em virtude do qual governa Deus o curso da sua vida de tal modo que chegarão a conseguir a felicidade eterna (XXIII, 3).
E por que não alcançarão os réprobos a mesma felicidade ?
Porque não foram amados com o amor dos predestinados (XX, 3).
Não haverá nisso injustiça por parte de Deus?
Não, Senhor; porque Deus a ninguém deve por justiça a bem-aventurança eterna, e os que a conseguem só a alcançarão a título de graça (XXIII, 3 ad 2).
E os que não hão de alcançá-la, serão castigados pelo fato de não a possuir?
Serão castigados por não a possuir, porém, só em razão das culpas em virtude das quais se tornaram indignos de recebê-la (XXIII, 3).
Como podem ser culpados de não a haver recebido?
Podem sê-lo, e, com efeito, o são, porquanto Deus a oferece a todos: porém, os homens que, debaixo do império dos decretos divinos, conservam a liberdade, podem aceitar o oferecimento ou recusá-lo, pondo em seu lugar outro fim (Ibid).
Ofendem com isso a Deus?
Tão gravemente, que merecem duro castigo, visto que, ao fazê-lo, caem voluntariamente em grave pecado pessoal (Ibid).
Os que aceitam o oferecimento e conseguem a glória, a quem devem o ter correspondido ao chamamento de Deus?
À virtude causal do decreto predestinante (XXIII, 3 ad 2).
É eterna a predestinação por parte de Deus?
Sim, Senhor, (XXIII, 4).
Que significa a predestinação a respeito dos eleitos?
Significa que Deus assinalou a cada um o seu lugar na glória, e, mediante a graça, o porá em condições de possuí-la (XXIII, 5-7).
Que devem fazer os homens ante o pavoroso mistério da predestinação absoluta por parte de Deus?
Abandonar-se inteiramente à ação da graça e convencer-se, na medida do possível, que os seus nomes estão escritos no livro dos predestinados (XXIII, 8).
Deus é Todo-Poderoso?
Sim, Senhor (XXV, 1-6).
Por que?
Porque, sendo o ser por essência, a Ele há de estar submetido tudo quanto existe ou possa existir (XXV, 3).
Deus é feliz?
É a mesma felicidade, porque goza infinitamente do Bem infinito, que é Ele mesmo (XXVI,1-4).