Daniel Jorge
A poesia faz a gente ver a vida de forma diferente, mesmo enfrentando tudo e todos.
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07/01/2017 15h39
Refletindo a NATUREZA E ATRIBUTOS DE DEUS com São Tomás de Aquino

Quem é Deus?

Um Espírito em três Pessoas; Criador e Soberano Senhor de todas as coisas.

Que quereis dizer quando dizeis que Deus é espírito?

Quero dizer que não tem corpo como nós, que está, absolutamente, isento de matéria e de qualquer elemento estranho ao seu ser (III, 14).

Que conseqüências se derivam destes princípios?

Resulta que Deus é, no sentido mais absoluto e transcendental, o Ser por essência e as

restantes coisas são seres particulares, são tais seres e não o Ser. (III, 4).

Deus é perfeito?

Sim, Senhor; porque nada lhe falta (VII, 1).

É bom?

É a própria bondade, como princípio e fim de todos os amores. (VI).

É infinito?

Sim, Senhor; porque coisa alguma pode limitá-lo.

Está em toda a parte?

Sim, porque tudo quanto existe, Nele e por Ele existe. (VII).

É imutável?

Sim, porque nada pode adquirir. (IX).

É Eterno?

Sim, porque Nele não há sucessão (X).

Quantos deuses há?

Um só (XI).

Existem em Deus os referidos atributos?

Sim, Senhor, e se não os possuísse não seria o Ser por essência.

Podereis demonstrá-lo?

Sim, Senhor; Deus não seria o ser por essência, se não fosse o que existe per se, ou como dissemos, por necessidade de sua natureza. O que existe per se concentra em si mesmo todos os modos do ser; é, portanto perfeito e, sendo perfeito, necessariamente há de ser bom. É, além disso, infinito, condição indispensável para que nenhum ser tenha ação sobre Ele e o limite, e se é infinito possui o dom da ubiqüidade. É imutável, porque, se mudasse, havia de ser em busca de uma perfeição que lhe faltasse. Sendo imutável, é eterno, porque o tempo é sucessão e toda sucessão revela mudança. Sendo perfeito em grau infinito, não pode haver mais do que um; se houvesse dois seres infinitamente perfeitos, nada teria um que o outro não possuísse, não haveria meios de distingui-los e seriam, portanto um (III-XI).

Podemos ver a Deus enquanto vivemos neste mundo?

Não Senhor; não o consente o nosso corpo mortal (XI, 11).

Poderemos vê-lo no céu?

Sim, Senhor; com os olhos da alma glorificada (XII, 1-10).

De quantos modos podemos conhecer a Deus neste mundo?

De dois: por meio da fé e da razão (XII-12-13).

Que coisa é conhecer a Deus por meio da razão?

É conhecê-Lo, mediante as criaturas, obras de suas mãos (XII, 12).

E conhecê-Lo pela Fé?

É conhecê-Lo, sabendo o que Ele é, pelo que nos revelou de Si mesmo (XII, 13).

Qual destes dois modos de conhecimento é mais perfeito?

Indubitavelmente, o da fé, dom sobrenatural que nos mostra Deus com uma claridade como jamais o pode conjeturar a razão humana; e ainda que, devido à imperfeição de nosso entendimento percebemos esta claridade, manchada de sombras e obscuridades impenetráveis, é todavia dela, como aurora do dia feliz da visão perfeita, que se constituirá a nossa Bem-aventurança no céu (XII, 15).

As palavras e proposições que usamos para falar de Deus expressam alguma coisa de positivo, determinado e real?

Sim, Senhor; porque, se bem que tenham sido inventadas para designar as perfeições das criaturas, podem empregar-se para manifestar o que em Deus corresponde a essas perfeições (XIII, 1-4).

Têm o mesmo sentido aplicadas a Deus e às criaturas?

Sim, Senhor; porém, com alcance diverso: quer dizer que, aplicadas às criaturas, manifestam plenamente a natureza e as perfeições que expressam; porém, usadas para designar perfeições divinas, se bem que em Deus existe realmente quanto de positivo encerra o seu significado, não alcançam expressá-lo de modo supereminente como está em Deus (XIII, 1- 4).

Por conseguinte, Deus é inefável, qualquer que seja a nossa linguagem e a sublimidade das expressões que usemos para falar Dele?

É inefável: apesar disso, não pode ter o homem ocupação mais digna e proveitosa do que a de falar de Deus e dos seus atributos, apesar do confuso e impreciso de nossa linguagem, durante esta vida mortal (XIII, 6, 12).

Publicado por Daniel Jorge
em 07/01/2017 às 15h39
 
06/01/2017 16h25
Refletindo o OBJETO DA FELICIDADE com São Tomás de Aquino

Santo Tomás de Aquino, filho do Conde Landulfo e da Condessa Teodora, nasceu, provavelmente, no ano de 1225, no Castelo de Aquino ou no de Rocaseca, na Itália. Em 1230, confiaram seus pais a educação do menino, que contava 5 anos, aos cuidados e à solicitude de seu tio Sinibaldo, Abade de Monte Cassino. Foi ali que, ainda criança, fazia a seus mestres a pergunta em que resumiu a obsessão de toda a sua vida: Quem é Deus? Só para responder a esta tremenda interrogação, viveu, escreveu e ensinou.

A nota característica e distintiva de suas obras é à de parecerem escritas todas na mesma época de sua vida, em pleno vigor e maturidade de suas faculdades mentais, posto que jamais teve necessidade de melhorar o que escreveu e ensinou; donde resulta que não se sabe o que mais admirar, se a riqueza e transcendência das idéias, se a maestria insuperável do plano, ou a sobriedade e precisão da linguagem. Sem dúvida, Deus, tendo em conta a missão, única em seu gênero, a que o destinava, o acumulou de graças e dons de entendimento, com maior profusão que a nenhum outro gênio de quantos deram lustre à ciência cristã.

Em que consiste objetivamente a felicidade do homem?

Num bem superior a ele, e o único capaz de acumulá-lo de perfeições (II, 1-8).

Este bem pode consistir nas riquezas?

Não, Senhor; porque as riquezas são coisa inferior ao homem, e incapazes, por si mesmas, de aperfeiçoá-lo (II, 1).

São as honras?

Também não; porque as honras não dão perfeição, já a supõem, sob pena de serem postiças, e se são postiças nada são (II, 2).

E a glória e a nomeada?

Também não; já porque supõem méritos, já por serem, neste mundo, coisa mui frágil e

volúvel (II, 4).

Consiste no poder?

Não, Senhor; porque o poder não se dá para o bem próprio, senão para o dos outros e está à mercê do capricho e do espírito de insubordinação (II, 4).

Consiste na saúde e na beleza corporal?

Tão pouco; porque a saúde e a beleza são bens inconsistentes e passageiros e, além de tudo, só dão perfeição ao exterior e não ao interior do homem (II, 5).

Serão os prazeres dos sentidos?

Não, Senhor; porque são grosseiros demais, comparados com os gozos delicados da alma (II,6).

Logo, o objeto da felicidade consiste nalgum bem que traz perfeição diretamente ao espírito?

Sim, Senhor (II, 7).

Qual é este bem?

Deus, Sumo Bem, Soberano e Infinito (II, 8).

Publicado por Daniel Jorge
em 06/01/2017 às 16h25
 
31/12/2016 18h50
CITAÇÕES: De onde vem à autoridade do Inovador para pinçar e escolher? – C. S. Lewis

“Isso a que tenho chamado por conveniência de  Tao,  e  que  outros poderiam chamar Lei Natural, Moral Tradicional, Primeiros Princípios da Razão Prática ou Primeiros Lugares-comuns, não é um entre uma série de sistemas de valores possíveis. É a única fonte possível de todos os juízos de valor. intuito  de  refutá-lo  e  de  erigir  em  seu  lugar  um  novo  sistema  de  valores  é  em  si  mesmo contraditório. 

Nunca houve, e nunca haverá,  um  juízo  de  valor  radicalmente  novo  na história do mundo. Tudo aquilo que pretende ser um novo sistema ou (como se diz agora) uma "ideologia" consiste em fragmentos do próprio Tao, arbitrariamente arrancados de seu contexto e  então  hipertrofiados  até  a  loucura  em  seu  isolamento,  mas  devendo  ainda  ao Tao,  e  somente  a  ele,  a  validade  que  possuem.  Se  o meu  dever  para  com  meus  pais  não passa de superstição, então o mesmo vale para meus deveres em relação à posteridade.

 

 

Se a justiça é uma superstição, então também o é o meu dever para com o meu país ou para com a minha raça. Se a busca do conhecimento científico é um valor verdadeiro, então também o é a  fidelidade  conjugal.  A  rebeldia  das  novas  ideologias  contra  o  Tao  é  a  rebeldia  dos galhos  contra  a  árvore:  se  os  rebeldes  pudessem  vencer,  descobririam  que  destruíam  a  si próprios. A capacidade da mente humana para inventar novos valores não é maior do que a de imaginar uma nova cor primária, ou, na verdade, a de criar um novo sol e um novo céu no qual ele se mova”.

 

*Citações do livro 'A abolição do homem' de C. S. Lewis - 1898-1963. Páginas 42 e 43.

 

 

Publicado por Daniel Jorge
em 31/12/2016 às 18h50
 
31/12/2016 10h42
CITAÇÕES: Voto, educação e trabalho, três colunas fundamentais da Nação – Giuseppe Manzzini

“As leis feitas por uma única fração de cidadãos só podem, por natureza das coisas e dos homens, refletir o pensamento, as aspirações e os desejos dessa fração: representam, não a Pátria, mas um terço, um quarto, uma classe, uma zona da pátria. A lei deve exprimir a aspiração geral, promover a utilidade de todos, responder ao palpitar do coração nacional. A Nação inteira deve ser, pois, direta ou indiretamente, legisladora.

Cedendo a alguns homens essa missão, substituís pelo egoísmo de uma classe a Pátria que é a união de todas. Enquanto um só dentre os vossos irmãos não estiver representado pelo próprio voto no desenvolvimento da vida nacional; enquanto um só vegetar ineducado entre os educados; enquanto um só, desejoso de trabalho, definhar sem trabalho na miséria, — não tereis a Pátria como devereis tê-la, a Pátria de todos, a Pátria para todos. O voto, a educação, o trabalho, são as três colunas fundamentais da Nação; não descanseis enquanto não estiverem, por obra vossa, solidamente levantadas”.

*Citações do livro 'Deveres do Homem' de Giuseppe Manzzini - 1805-1872.

 

 

Publicado por Daniel Jorge
em 31/12/2016 às 10h42
 
30/12/2016 17h00
CITAÇÕES: Valores tradicionais questionados – C. S. Lewis

“O Inovador ataca os valores tradicionais (o Tao) em nome daquilo que ele inicialmente supõe serem (num sentido próprio) os valores "racionais" ou "biológicos". Mas, conforme vimos, todos os valores que ele usa para atacar o Tao, e que afirma serem capazes de substituí-lo, são eles próprios derivados do Tao. Se ele tivesse realmente partido do  zero,  desde  fora  da  tradição  dos  valores  humanos,  nada  seria  capaz  de  fazê-lo  avançar um só centímetro na direção da ideia do sacrifício — que um homem deve morrer pela sua comunidade ou trabalhar pela posteridade”.

 

*Citações do livro 'A abolição do homem' de C. S. Lewis - 1898-1963. Página 40.

Publicado por Daniel Jorge
em 30/12/2016 às 17h00
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